Aqui segue meu primeiro artigo Publicado , ainda no inicio da Psicologia em 2001, em um Jornal Local - Diário....
Somos constantemente forçados a tomar decisões na vida todos os dias, que roupa vestir? Que livro ler? Casar ou não? Pedir demissão ou aumento?
Todas estas perguntas feitas à nós mesmos para que possamos tomar uma decisão, podem nos dar impressão que isso ou aquilo seja errado, mas não é a coisa certa a se pensar.
Na verdade a força em dizer não vem do sentimento de não se sentir ridículo perante outros tentando ser maravilhoso para com a vontade alheia, isso é comum de uma sociedade vitimista, veja um exemplo simples:
Moça se troca para sair com o namorado, dentre elas coloca uma meia-calça desfiada sem notar, pede ao namorado a opinião antes que saiam, ele nota o pequeno defeito depois de avaliá-la por completo e comenta, temendo que se não contasse ela pudesse responsabilizá-lo pelo descuido, então ela pensa em não ir ou mudar de roupa, o namorado com pressa, respondeu que ninguém notará e que só notou depois de olhar muito, então ela diz: - O que vamos fazer, confio em você, transferindo assim a culpa de parecer ridícula perante os outros para o namorado, ele deve saber nesta hora que se ela se sentir negada ou ridicularizada a culpa é dele, por não ter tomado outro tipo de atitude.
Na verdade sabe-se que ninguém é perfeito, e nem será possível alcançar este nível de vivência, a perfeição é assustadoramente entediante e patológica, não podemos assumir como muitos a frase:
“Eu sou perfeccionista”, acreditando ser isto um elogio, pois não o é, é perjúrio e auto-degradação, é um erro alguém com tantas limitações não pode ser perfeito, e se for será uma doença fora do comum, logo não será perfeito...
Podemos nos autodenominar no máximo detalhistas. A necessidade de se parecer maravilhoso perante os outros vai mais além, isso causa um medo constante de dizer não.
A pessoa tem medo de dizer que seu salário não é mais justo e gostaria de um aumento, de dizer não quando lhe pedem algo que não quer ou não podem fazer...
E vem um pensamento de vítima: “Esta pessoa não vai gostar de mim”, passa assim a viver uma vida regrada por desejos alheios, tornando-se mais tarde frustrada com reclamações e privações... Com insinuações do tipo: “Eu deixei de fazer isso por você”.
Mas a partir do momento que assumimos um compromisso interno, a situação pode mudar, o compromisso de não aceitarmos nada com ninguém que possa ferir nossos objetivos, assim ninguém sairá prejudicado, e você terá superado um obstáculo precioso na sua vida.
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