Passamos mais tempo tentando fazer coisas desnecessárias, agradar quem não conhecemos, mostrar o que não temos do que cultivando o caminho da Paz interior.
A Paz interior precisa ser cultivada, não acontece como mágica, mas é a atitude persistente que temos todos os dias em plantar comportamentos e sentimentos que nos fazem encarar à nós mesmos, em vez de milhões de ações que nos levam a chegar à lugar nenhum. “Fazer, fazer, fazer ...” É o Slogan da sociedade atual, e as perguntas são Para quê? Para quem? Como isso pode ser substancial em minha vida?
A Atitude essencial é a paciência, a espera contemplativa e certa de que a transformação vai acontecer mas é preciso aguardar, diz-se em um antigo conto Zen, que:
Um garotinho bateu a porta do paraíso e quando São Pedro chegou, ele pediu permissão para entrar. São Pedro disse-lhe para esperar um pouco, enquanto ia consultar Deus. Enquanto esperava, o menino olhou em volta, para a ampla paisagem que o rodeava. Como era fim de outono, as árvores estavam cobertas com folhas douradas, avermelhadas, alaranjadas e verdes. Até onde o olhar podia alcançar, havia árvores fulgurantes, umas atrás das outras, colinas e colinas de beleza flamejante.
São Pedro então retomou.
- Eu tenho a resposta de Deus. Você vê todas aquelas árvores? - e mostrou com a mão 360 graus no horizonte.
O garotinho respondeu:
- Sim.
Pedro continuou:
- Deus disse que, quando as folhas tiverem caído dessas árvores tantas vezes quanto há folhas nas árvores, você poderá entrar no paraíso.
O garotinho sentou-se sem pressa e, olhando para São Pedro, disse-lhe:
-Por favor, diga a Deus que a primeira folha já caiu.
Ele sabe que um dia todas irão cair é uma questão de tempo, o que lhe resta é consumir e consumar, aguardando cada folha cair.
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